A
Importância do Café no Segundo Reinado
Dom Pedro II tinha, na época, 14
anos de idade o que impossibilitaria de assumir o cargo máximo da nação. Porém,
com o apoio do Partido Liberal
conseguiram agitar a população e assim pressionar o Senado a declarar a maior
idade do imperador, podendo assim assumir o poder. Acreditavam que abandonando a forma de governo
Regencial e tendo, agora, um Imperador, seria de fundamental importância para por fim a
todas as disputas políticas que abalavam o Brasil no período. E isso de fato
aconteceu.
Dom Pedro II realizou parcerias com
a Elite Agrária do País, classe de grande influência no século XIX. Tendo-os
como aliados, os favores começaram a prevalecer. O Imperador dava toda condição
e estrutura para que essa Elite continuasse produzindo cada vez mais e em troca
recebia todo apoio político necessário para se consolidar no poder. Dessa
maneira, em pouco tempo, o Segundo Reinado conseguiu fazer do Brasil um País
estável e próspero.
Em relação à Economia o Café se transformou e se consolidou como o
principal produto Brasileiro para
exportação, provocando um grande crescimento econômico. Inicialmente produzido
no Vale do Paraíba, São Paulo, e região Fluminense, se expandiu rapidamente por
se tornar um produto de grande aceitação mundial. Nasce assim uma nova Elite,
agora concentrada no Sudeste, a Elite Cafeeira, que se tornaram mais ricos que
os antigos Senhores de Engenhos produtores de açúcar. Outro fator interessante
do período é que a mão de obra escrava, usada também na produção da cana de
açúcar, foi transferida para o Sudeste e continuou sendo a força motora da
economia cafeeira.
Porém, o Brasil sofria grandes
pressões internacionais (principalmente da Inglaterra) para que a mão de obra
escrava fosse extinta. E com as crescentes aprovações de leis nacionais que
buscavam o fim da escravidão, a elite cafeeira teve que se adequar a nova realidade,
buscando novas soluções para mão de obra. Essa solução foi a mão de obra
estrangeira, imigrantes. Com o desaparecimento da mão de obra escrava a Elite
Cafeeira que gastava com a compra de escravos, agora gastará com salários dos
emigrantes que usaram sua força para a produção do café. Esta evolução social acabou proporcionando uma
nova mudança: o nascimento da Indústria
Brasileira. Com a substituição da mão de obra escrava pela
assalariada, além de um grande crescimento demográfico, os bens de consumo
passaram a ser escassos para esse grande número de pessoas.
O fim do
império e início da república no Brasil
Os
cafeicultores percebendo a oportunidade de gerar novos lucros, e que já tinha
um capital acumulado das vendas do café, passaram a investir na criação de
manufaturas. Dessa maneira foram criadas indústrias que passaram a fazer
concorrência a bens produzidos pelas indústrias estrangeiras. Essas
adequações proporcionaram mudanças no País, porém o Governo Imperial perdia seu
prestigio devido a algumas questões, uma delas é a questão militar. Os militares, que foram vitoriosos na Guerra do
Paraguai e ciente de sua importância na sociedade brasileira, buscaram o
direito de optar nas decisões políticas do País. Como não eram ouvidos eles
passaram a conspirar contra o império.
Outro
fator é que a Elite agrária brasileira não se conformava com remuneração do
trabalhador. Dessa maneira cresce uma vontade de que a mão de obra escrava
retorne e com isso o apoio ao Imperador diminui. Outra questão foi religiosa. Dom Pedro II pune dois
lideres clericais que acataram ordens do Vaticano de punir os católicos que
tinham ligações com a maçonaria. Como Dom Pedro estava rodeado por maçons
exigiu que a ordem Papal fosse descumprida.
A
Igreja, a Elite, e os Militares, eram os principais pilares de sustentação do
Império no Segundo Reinado. Sem ter o apoio destes, Dom Pedro perdeu sua
majestade e foi deposto por golpe político.
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