segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O Iluminismo
Liberdade e Igualdade
A revolução intelectual que se efetivou na Europa, especialmente na França, no século XVIII, ficou conhecida como Iluminismo. Esse movimento representou o auge das transformações culturais iniciadas no século XIV pelo movimento renascentista. O antropocentrismo (teoria que considera o Homem o centro do Universo) e o individualismo renascentistas, ao incentivarem a investigação científica, levaram à gradativa separação entre o campo da fé (religião) e o da razão (ciência), determinando profundas transformações no modo de pensar, sentir e agir do homem.
Colocando em destaque os valores da burguesia, o Iluminismo favoreceu ao aumento dessa camada social. Procurava uma explicação através da razão (ciência) para todas as coisas, rompendo com todas as formas de pensar até então consagradas pela tradição. Rejeitava a submissão cega à autoridade e a crença na visão medieval teocêntrica. Para os iluministas só através da razão (ciência) o homem poderia alcançar o conhecimento, a convivência harmoniosa em sociedade, a liberdade individual e a felicidade. A razão (ciência) era, portanto, o único guia da sabedoria capaz de esclarecer qualquer problema, possibilitando ao homem a compreensão e o domínio da natureza.
As novas ideias conquistaram numerosos seguidores, a quem pareciam trazer luz e conhecimento. Por isto, os filósofos que as divulgaram foram chamados iluministas; sua maneira de pensar, Iluminismo; e o movimento, Ilustração. As tendências que marcaram o Iluminismo foram: a valorização do culto da razão e predominância da ciência; crença no aperfeiçoamento do homem e a liberdade política, econômica e religiosa.
O Iluminismo expressou o aumento da burguesia e de sua ideologia. Foi à culminância de um processo que começou no Renascimento, quando se usou a razão para se descobrir o mundo, e que ganhou aspecto essencialmente crítico no século XVIII, quando os homens passaram a usar a razão (ciência) para entenderem a si mesmos no contexto da sociedade. Tal espírito generalizou-se nos clubes, cafés e salões literários. A filosofia considerava a razão indispensável ao estudo de fenômenos naturais e sociais. Até a crença devia ser racionalizada. Os iluministas eram deístas, isto é, acreditavam que Deus está presente na natureza, portanto no próprio homem, que pode descobri-lo através da razão. Para encontrar Deus, bastaria levar vida piedosa e virtuosa; a Igreja tornava-se dispensável. Os seguidores do iluminismo criticavam-na por sua intolerância, ambição política e inutilidade das ordens monásticas (vinda de monges, autoridades religiosas).
Os iluministas diziam que leis naturais regulavam as relações entre os homens, tal como regulavam os fenômenos da natureza. Consideravam os homens todos bons e iguais; e que as desigualdades seriam provocadas pelos próprios homens, isto é, pela sociedade. Para corrigi-las, achavam necessário mudar a sociedade, dando toda à liberdade de expressão e culto, e proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras. O princípio organizador da sociedade deveria ser a busca da felicidade; ao governo caberia garantir direitos naturais: a liberdade individual e a livre posse de bens; tolerância para a expressão de ideias; igualdade perante a lei.
A Colonização da América Portuguesa
Nas primeiras décadas que se seguiram ao descobrimento,
o Brasil conheceu um relativo abandono. Salvo o monopólio do pau-brasil
e a presença de algumas expedições no litoral brasileiro, os portugueses não se
interessaram pelas novas-terras. Os esforços da metrópole, naquele momento,
estavam concentrados no rendoso comércio com as Índias e no estabelecimento do
Império Colonial do Oriente. Por essa razão, o período que vai de 1500 a 1530
recebeu a denominação de período pré-colonial.
Em 1501, chegou ao litoral
brasileiro a primeira expedição oficial portuguesa. Sob o comando de Gaspar de
Lemos e trazendo a bordo o navegador Américo Vespúcio, o seu objetivo era o
reconhecimento da costa brasileira, denominando os acidentes geográficos e
elaborando um mapa do litoral. Dois anos depois (1503) uma nova expedição esteve
no Brasil; desta feita, organizada por particulares e sob o comando de Gonçalo
Coelho, prosseguiu o reconhecimento da nova terra e retomou a Portugal levando
o primeiro carregamento de pau-brasil.
Nesse período, intensificava-se a
presença de estrangeiros, especialmente dos franceses, no litoral brasileiro. O
contrabando do pau-brasil aumentava, visto que os franceses estabeleceram
sólidas alianças com os indígenas – os potiguaras no Norte e os tupinambás no
Sul – que também eram empregados na extração da madeira. Ação desses entrelopos
era apoiada por Francisco I, rei da França, que se recusava a aceitar as
determinações do Tratado de Tordesilhas. Diante disso, Portugal enviou ao
Brasil duas expedições com objetivos militares. A primeira em 1516 e a segunda
em 1526, e ambas comandadas por Cristóvão Jacques: eram as expedições
guarda-costas, que dispersaram ou aprisionaram mais de uma dezena de navios
franceses e espanhóis, que também rondavam as terras portuguesas.
Essas expedições também deixaram no
solo brasileiro os primeiros povoadores brancos. Na sua maioria, eram
degredados, ou seja, condenados pela justiça ao trabalho, à prisão perpétua ou
à morte, e que tinham suas penas substituídas. O ano de 1530 marca o início da
colonização do Brasil. O lucrativo comércio de especiarias do Oriente
mostrava-se deficitário, em razão dos altos custos militares que garantiam o
monopólio português nas Índias. Além disso, crescia a presença dos
contrabandistas franceses (entrelopos) no litoral brasileiro, intensificando o
contrabando de pau-brasil. Diante desse novo quadro, D. João III, rei de
Portugal, organizou a primeira expedição colonizadora, cujo comando foi dado a Martim Afonso de Sousa.
Composta de quatrocentos homens, a
expedição de Martim Afonso de Sousa tinha três finalidades: iniciar a colonização (povoamento), fazer o reconhecimento (exploração) e proteger o litoral contra a presença
estrangeira. Por isso, parte dela navegaria até o Maranhão, reconhecendo o
litoral e combatendo os franceses que infestavam a costa pernambucana. Outra
seguiria para o Sul, até atingir o rio da Prata, além de promover uma entrada
para o interior, em Cananéia, São Paulo.
Em
1532, Martim Afonso de Sousa fundou a vila de São Vicente, a primeira do
Brasil, que com sua igreja, Câmara Municipal e Cadeia assinalam o nascimento do
primeiro núcleo de povoamento português na América. Ao redor da vila, surgiram
plantações de cana-de-açúcar e um primeiro engenho conhecido por engenho do Governador.
domingo, 8 de setembro de 2013
Roma
A Civilização Romana
A
história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos
avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um
dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de
características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente
na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa,
francesa, italiana e espanhola.
Os
romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo.
Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália.
Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um
casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham
terras para fundar uma nova cidade que seria Roma. De acordo com os
historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram
habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveu
na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A
sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de
terras) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários). O sistema
político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem
patrícia.
A
religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos
gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de
afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas. Com o
crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão
gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus
empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca
de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer
alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo.
Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os
dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios o mais famoso foi o Coliseu de Roma , onde
eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava
esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
A
cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos
"copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Os
balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os
senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e
ampliar seus relacionamentos pessoais. A língua romana era o latim, que depois
de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade
Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A
mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos
não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo
e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos,
podemos destacar: Rômulo e Remo. Os romanos eram politeístas, ou seja,
acreditavam em vários deuses. Porém os nomes originais foram mudados. Muitos
deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os
deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características qualidades e
defeitos de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além
dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates.
Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família, Principais
deuses romanos: Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Fonte: http://www.suapesquisa.com
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