Série: 8º Ano
As Revoluções Inglesas do Século XVII
No século XVI, a Inglaterra
tornara-se uma potência econômica e seus navios levavam mercadorias inglesas
aos mais distantes lugares. Com isso os comerciantes e proprietários de oficinas
e navios enriqueceram formando uma burguesia atuante.
No campo os membros da pequena
nobreza rural, assim como os médicos e pequenos proprietários também
prosperavam. A situação dos camponeses, ao contrário era precária, os grandes
proprietários expulsavam os camponeses das terras e as cercavam para a criação
de ovelhas, interessados em abastecer de lã as manufaturas de tecidos. Por isso
muitos camponeses passaram a perambular pelas estradas e cidades em busca de
trabalho.
Na Inglaterra da época, a forma de
governo do período pré-revolucionário era a monarquia hereditária, porque o
poder passava de pai para filho. No início do século XVII, a Inglaterra passava
por problemas financeiros e políticos, além de ser palco de disputas religiosas
envolvendo católicos e protestantes, A situação econômica e política Inglesa
foram agravados pela morte da rainha Elizabeth I, em 1603. A monarca além de
ter deixado os cofres vazios não tinha herdeiro direto e quem assumiu o trono
foi seu primo Jaime Stuart que era rei da Escócia.
O mesmo adotou medidas religiosas,
econômicas e políticas que contrariaram grande parte da população Inglesa. O
rei manteve o anglicanismo como religião oficial o que revoltou os puritanos,
para impor sua autoridade proibiu a expansão de outros grupos religiosos e
passou a perseguir os puritanos de modo implacável. A posição do rei provocou
uma onda de emigração dos indivíduos perseguidos.
Jaime I morreu em 1625, e o trono da
Inglaterra foi ocupado por seu filho, Carlos I. O novo monarca foi obrigado
pelo parlamento a assinar em 1628 a petição de direito que proibia o rei de
criar impostos, convocar o exército ou estabelecer rendas fixas sem a aprovação
prévia dos parlamentares.
Católicos e presbiterianos eram
considerados moderados, pois não se posicionavam contra o regime monárquico e
sim contra o poder autoritário dos reis. Os puritanos por sua vez eram
considerados politicamente radicais, porque defendiam o fim da monarquia e o
estabelecimento de uma república, ou seja, um governo formado por indivíduos
que atuassem de acordo com uma lei comum a todos.