domingo, 2 de fevereiro de 2014

As Revoluções Inglesas do Século XVII

Cofrag
Série: 8º Ano


As Revoluções Inglesas do Século XVII


                No século XVI, a Inglaterra tornara-se uma potência econômica e seus navios levavam mercadorias inglesas aos mais distantes lugares. Com isso os comerciantes e proprietários de oficinas e navios enriqueceram formando uma burguesia atuante.
            No campo os membros da pequena nobreza rural, assim como os médicos e pequenos proprietários também prosperavam. A situação dos camponeses, ao contrário era precária, os grandes proprietários expulsavam os camponeses das terras e as cercavam para a criação de ovelhas, interessados em abastecer de lã as manufaturas de tecidos. Por isso muitos camponeses passaram a perambular pelas estradas e cidades em busca de trabalho.
            Na Inglaterra da época, a forma de governo do período pré-revolucionário era a monarquia hereditária, porque o poder passava de pai para filho. No início do século XVII, a Inglaterra passava por problemas financeiros e políticos, além de ser palco de disputas religiosas envolvendo católicos e protestantes, A situação econômica e política Inglesa foram agravados pela morte da rainha Elizabeth I, em 1603. A monarca além de ter deixado os cofres vazios não tinha herdeiro direto e quem assumiu o trono foi seu primo Jaime Stuart que era rei da Escócia.
            O mesmo adotou medidas religiosas, econômicas e políticas que contrariaram grande parte da população Inglesa. O rei manteve o anglicanismo como religião oficial o que revoltou os puritanos, para impor sua autoridade proibiu a expansão de outros grupos religiosos e passou a perseguir os puritanos de modo implacável. A posição do rei provocou uma onda de emigração dos indivíduos perseguidos.
            Jaime I morreu em 1625, e o trono da Inglaterra foi ocupado por seu filho, Carlos I. O novo monarca foi obrigado pelo parlamento a assinar em 1628 a petição de direito que proibia o rei de criar impostos, convocar o exército ou estabelecer rendas fixas sem a aprovação prévia dos parlamentares.
            Católicos e presbiterianos eram considerados moderados, pois não se posicionavam contra o regime monárquico e sim contra o poder autoritário dos reis. Os puritanos por sua vez eram considerados politicamente radicais, porque defendiam o fim da monarquia e o estabelecimento de uma república, ou seja, um governo formado por indivíduos que atuassem de acordo com uma lei comum a todos.        

A Expansão Ultramarina



A Expansão Ultramarina


A Europa, durante o século XIV, enfrentava uma grave crise econômica. Fome, carências de metais preciosos, a expansão comercial ameaçavam a sobrevivência e os lucros dos comerciantes.
Como consequências, os estados europeus passaram a patrocinar viagens marítimas para além do mar, a cultura renascentista, defensora da razão e da ciência, significou uma verdadeira revolução. Vários inventos foram difundidos e aperfeiçoados, como a bússola, que possibilitou as grandes viagens marítimas. O desenvolvimento da cartografia e os avanços na arte da navegação foram outros fatores que tornaram possíveis os grandes descobrimentos dos séculos XV e XVI.
As conquistas ultramarinas provocaram grandes transformações em todo o mundo. O contato com outros povos modificou a visão de mundo dos europeus, ao mesmo tempo em que significou um choque violento e destruidor para os povos colonizadores. Os espanhóis colonizaram terras onde viviam maias, incas e astecas, povos organizados em sociedades complexas e que em alguns casos, habitavam cidades até maiores do que as da Europa.
Outros povos indígenas também foram afetados pela chegada dos europeus, os conquistadores praticamente dizimaram essa populações por meio de guerras, doenças e trabalho forçado. É por esse motivo que se afirma que a conquista das Américas foi um dos maiores genocídios da história.
A chegada dos Portugueses, a colonização e a exploração econômica das terras que hoje correspondem ao Brasil ocorreram no contexto da expansão marítima portuguesa no século XVI. Desde a extração do primeiro produto que despertou o interesse de Portugal em suas terras recém-conquistadas, o pau-brasil até a produção de açúcar nos engenhos espalhados pela costa brasileira, a maior parte dos lucros era transferida para Portugal. Com a descoberta das minas de ouro, esse quadro não mudou, os portugueses intensificaram ainda mais a sua presença e a vigilância na colônia.  
A sociedade colonial sempre foi marcada por profundas diferenças econômicas, sociais e políticas. Em geral apenas os grandes proprietários de terras podiam votar e ser votados, como concentração de riquezas e altos índices de pobreza.

A Revolução Russa



A Revolução Russa


                No início do século XX, diversas revoltas eclodiram pelo país, em 1917 elas culminariam com a derrubada do Czar. Com a participação dos trabalhadores um novo sistema político foi então instalado, o socialismo em 1894 subiu ao trono do império russo o Czar Nicolau II, desde o século XVI, o país era uma monarquia absolutista.
                A nobreza era proprietária de 25% das terras cultiváveis do país e a grande maioria da população mais de 80% estava ligada direta ou indiretamente a terra. As condições de vida da maior parte dos camponeses eram péssimas em geral, eles habitavam moradias precárias e sem ventilação. No plantio e na colheita eram usados instrumentos agrícolas antigos, como o arado de madeira e a foice.
                Com uma economia essencialmente agrária, a Rússia tinha poucas industrias, a maior parte delas pertencia a proprietários estrangeiros, principalmente Franceses, Ingleses, Alemães e Belgas. Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves.
                Em 27 de Fevereiro desse mesmo ano, uma multidão percorreu a capital do império pedindo pão e o fim da guerra. Os manifestantes também criticavam o sistema monárquico, após a tomada do poder pelos revolucionários, a Rússia viveu ainda três anos de guerras civil. Com a morte de Lênin, em 1924, Stalin secretário geral do partido comunista e Trotski passaram a disputar o poder.
                Stalin defendia a ideia de que a união soviética deveria construir o socialismo em seu país e só depois tentar leva-lo a outros países, Trotski achava que a revolução socialista deveria ocorrer em todo o mundo, pois enquanto houvesse países capitalistas, o socialismo não teria condições de sobreviver isolado.
                Para enfrentar a grave crise provocada pela Primeira Guerra Mundial e pela guerra civil, o governo de Lênin instituiu em 1921, um plano para reativar a economia Russa, a nova política econômica, algumas práticas capitalistas foram readmitidas na economia russa, tais como a produção privada de manufaturas, o pequeno comercio particular, a entrada de capitais estrangeiros e a venda da produção dos camponeses no mercado.
                A Revolução Socialista da Rússia não foi o estopim de uma onda revolucionária mundial para varrer os estados capitalistas do planeta, como ambicionava Lênin, mas seu impacto se fez presente em praticamente todo o planeta, inspirando as greves e os movimentos socialistas em diversos países inclusive no Brasil.     

A Primeira Guerra Mundial



A Primeira Guerra Mundial ( 1914 / 1918 )

Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. 
            
         Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

        Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

        O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

        O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
        Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
        O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
       As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
       Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição.                    Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
           A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.